28.4.06

INSTANTE

Deixa-me entrar em ti…
e libertar-me.

“Num grito de orgasmo, num instante de infinito.” (Drumond de Andrade)

21.4.06

NECTARE

A saliva, insípida, misturou-se e maturou no interior das nossas bocas.
Languidamente despertou aromas lascivos, sensuais, lúbricos.
Ausentes do tempo presente, saciámos mais e mais a sede de tão íntimo néctar.


Embriagados, caímos em nuvens de algodão doce… e paixão.

14.4.06

SECRETU

Segreda-me ao ouvido palavras proibidas, íntimas.
Aviva-me uma memória que jazz inerte de emoções, consumida no tempo pelo aflorar doentio (?) da (nossa) anarquia carnal.
Faz-me sentir o nu e cru do sentimento que tudo nos permitiu.

Ou então, diz-me que foi uma realidade que nunca existiu.

7.4.06

INEBRIARE

O teu corpo: ondas suaves de um mar de prazer.
Envolto em maresia estonteante de sentidos, doces, salgados…
absorvia o meu.
E no lusco-fusco, a sós com a estrela polar, descobrimos mundos de desejo embalados pela brisa quente da paixão.
Era assim o nosso mar, intenso como o último beijo que partilhámos.


Da vela feito cetim, olho agora o céu… inebriado em recordações.