26.5.06

SUFFERERE

O tempo não passa e eu já não suporto a ânsia de te possuir.
Sinto o marulhar da água na bacia oblonga. Imagino os gestos místicos da tua mão acariciando a carne sensual e “conspurcada” pelos desejos da (nossa) mente. Sádica… pura, virginal, inocente.


Sofrer assim... de prazer... num refúgio de Mar e Sol.

19.5.06

EPHÉMEROS

O efémero da sexagésima parte do minuto, sem circunlóquios ou rodeios, é tão efémero como a sexagésima parte de cada uma das vinte e quatro partes em que se divide o tempo…

(…se a cólera ardente de uma paixão não se fundir num corpo só, na satisfação íntima do deleite carnal.)

12.5.06

SPERARE

Amar o mar na ausência do olhar que me faz sonhar.
Acalmar, no instante, o olhar na gaivota a pairar.
Sentir o teu odor no ar… e respirar.
Continuar a navegar e acreditar no teu voltar.

Junto do mar, sempre o mar… que me faz meditar.

5.5.06

VIATICU

Há um medo tentador em evocar a morte. A morte, presença constante na vida porque sua irmã gémea no nascimento.
Na paleta de cores, a morte é negra. Porque não azul celeste, verde alface, amarelo leite-creme!
Será a morte doce? Azeda como o limão?


Possivelmente doce, para quem a vida foi amarga… possivelmente amarga, para quem a vida foi doce!