27.4.07

SER

Absorto no decifrar do enigma que faz com que tudo comece e acabe no porquê do ser, do viver e do amar...
...vou perdendo, a pouco e pouco, o prazer de ser um ser a viver o deslumbramento do amar.


Neste enigma a decifrar a dois, aguardo pela tua companhia.

20.4.07

DESEDIU

Falavas da morte.
Curiosa reacção quando, enrodilhados em pernas, braços e sentimentos lançávamos gritos sentidos oriundos de orgasmos violentos e molhados. Lembras-te?
Para quem sabe ir entrar no “paraíso”, que mais poderá desejar senão a morte?

Como te entendo, agora, e entendendo-te… como me apetece partilhar (de novo) esse desejo.

13.4.07

RABIA

Ás vezes, escrever... é como um campo de batalha onde exércitos se confrontam.
São palavras que se arremessam e se desfazem no ar.
São letras bandeiras que nunca se firmam.
São frases sentidas mortas para não ferirem.
São páginas degoladas antes de serem rascunho.
São textos fervilhantes trespassados por punhais frios.
É morte e é vida...
Corpo a corpo finito que se fina numa gota de sangue feita desabafo.

Escrever... é matar a raiva que vai dentro de mim.

6.4.07

TELA

Afago os teus cabelos,
como o ancinho acaricia a terra.
Beijos os teus lábios,
como o mar se espraia nas pedras.
Perco-me no teu olhar,
como o colibri se perde na flor.

És cor... no meu leito de linho feito tela.