27.6.08

PROBA

Desapertou, languidamente, os botões da blusa…
e deixou que a mesma caísse no chão.
A seguir, abriu o fecho dos “jeans”…
que seguiram o mesmo destino.
Ele, excitado com o cenário que a curta cortina lhe permitia ver, imaginava o corpo que aquelas peças de algodão despiam.
Mas, antes de ter tempo para mais divagações, despertou abruptamente para a realidade do seu trabalho!

- Podia arranjar-me um número mais pequeno da blusa e das calças, por favor?

20.6.08

CACHENÉ

Arredei o cachené...
e deixaste que o bafo "soão" da minha boca aquecesse a carne fria do teu pescoço, do teu queixo, da tua face.
Depois, olhando-te nos olhos...

perdemo-nos na sofreguidão dos nossos beijos.

13.6.08

IMAGINATIONE

Da janela da frente, a vizinha via-a chorar!
Perante as lágrimas que caiam, copiosamente, imaginou um coração destroçado.
Terá uma paixão megalómana “colapsado”, abruptamente, como um baralho de cartas de amor?
...
Da janela da frente, a vizinha via-a chorar...

e chorava, tão só, por culpa da maldita cebola que a muito custo picava para o refogado das almôndegas que havia de servir ao jantar (sic).

6.6.08

PEDICATA

Há pegadas, na areia, que o mar nunca apagará.
São de pessoas, como tu…

que se tornaram inesquecíveis.