EXSECRARE

Foi feio... pela fatiota ridícula que envergou!
Foi porco... pela desmazelada pilosidade que lhe enxameava o rosto!
Foi mau... porque mais uma vez não se lembrou daqueles que mais dele "precisavam"!
Enfim...

- Foi feio, porco e mau... o execrável Pai Natal!

PRAETEXTU

Parecem embarcações, sem leme, os seres que aos magotes, indiferentes ao sentido da quadra, naufragam em sentimentos consumistas e hipócritas... por entre encalhados moribundos que vão asfixiando na ausência solidária de um sentimento.
Mas, mesmo assim será Natal...
e um "miúdo", entre os muitos que vão nascer no meio de todo este mar de escolhos, continuará a ser tão só um mero pretexto de ocasião para "enobrecer"(?) o "cemitério de barcaças" em que se transformaram os decorrentes dias.
Mas, mesmo assim será Natal...

um Feliz e Santo Natal, dizem (sic)!

CEPHALEA

Para além do ser ou não ser de um quotidiano fornicado como a real puta que o pariu…
vive-se.
Daí, talvez, o aparecimento inoportuno...

desta maldita dor de cabeça (sic)!

APPARENTIA

Convencido de que tudo o que reluz é "ouro"...
olhou para ela, com indiferença... e julgou-a pela aparência!
...
Pouco tempo depois, por acaso, apresentaram-nos...
e perderam-se em conversas demoradas, no tempo.
Entrecruzaram-se, rapidamente, quase sem tempo...
e ao ouvido, ele sussurrou-lhe, com todo o tempo do mundo...

que nem tudo o que reluz no tempo... é "ouro"!