6.2.06

TESÃO

Olhar para ela dá-me tesura, ímpeto, rijeza.
A violência do embate visual naquelas formas que a terra há-de comer é incomensurável!
Compará-la com a erecção do enforcado no aperto final do laço é utópico, é conjecturar sobre um pressuposto fictício.
É um olhar em “que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento, num corpo que já não é seu, num rio que desapareceu, onde um braço teu me procura”, diria Cesariny.

“Em todas as ruas te encontro, em todas as ruas te perco.”