15.12.06

SCRIBERE

Pintar, com palavras feitas pincéis.
Traços tímidos, sentidos, provocatórios.
São como aguarelas, os textos!
Esculpir, com palavras feitas cinzéis.
Ângulos “abruptus”, suaves, ásperos.
São como esculturas, as letras!
Estados de espírito díspares, incertos, naufragam ao sabor do momento em recatadas baias solitárias. Uma estrela incandescente, finando-se, mancha o céu de fátuo fogo. Flores, cobrem de pétalas pedras de jardins de morte, cemitério de paixões moribundas. Um olhar que se prolonga, indefinido.


E o carvão, indiferente, vai pintando esculturalmente o desabafo no papel.