19.10.07

FICU

Numa abordagem que ele queria discreta (mas incisiva) achou por bem trocar o habitual “bom-dia” por algo que os tornasse mais chegados, familiares, íntimos.
Como pouco ou nada sabia dela arriscou num meio-termo que a muito permite: “Olá Biscoito”!
Ela corou um pouco e retribuiu com os habituais cumprimentos.
O quadro repetiu-se no tempo até ao dia em que, saturado por não meter a mão na boleira (sic) lhe lançou o enfastiante e seco “bom-dia”.
Estranhando a atitude dele perdeu por momentos a timidez e perguntou-lhe:
- Não me chamas “Biscoito”, hoje?

Mirando-a de alto a baixo atirou-lhe de chofre: - Sabes… eu hoje chamava-te era um figo!