19.1.07

LARANJA

Já não gosto de ti.
Tens sido intensamente fria, ácida em demasia para a minha constante necessidade de doçura, exuberante no brilho artificial e polido com que me olhas (de quase desdém).
Conheci-te há muito, quando ainda eras pura como a terra que te criou.
Deixavas-me nos lábios tonalidades de um sol que desvanece, lá longe, no horizonte. Como eu gostava de ti... quando me fazias salivar.
Mas hoje, já não me dizes nada.


- Tudo bem: não contes mais comigo na tua “orgiástica” taça da salada de frutas!