12.1.07

LINGUA

O ambiente era claustrofóbico.
Hermético. Escuro como o breu.
A carne, quente e pegajosa, roçava-se em movimentos desconexos, deixados. O silêncio, sepulcral, envolvia o desejo dos corpos em mais e mais prazer, puro, sentido.
Lá fora, no espaço infinito de quem ama, era dia.
Mas… Elas roçavam-se na escuridão.


Mitigado o apetite dos amantes, descolaram os lábios, as línguas, e partilharam palavras de amor.