16.2.07

AESTIVU

Como Primavera bateste à janela de um Inverno, seduzindo-o.
Na exuberância dessa nudez natural, madura, desnudaste também um corpo há muito hibernado para as artes do afecto violento: a paixão.
Abriste-te, quente… e ele entrou. Entrou frio no teu doce leito de cheia e derreteu-se num frenesim de gemidos, gritos, surdinas.

Na memória, o esplendor desse Estio fugaz, efémero… dorido.