2.3.07

CAERULEU

O céu estava azul.
Teimosamente, ao longe, uma nuvem manchava o momento.
A esta, outra surgiu, arrastando com ela outra e mais outra.
O céu, que era azul, ficou cinzento, ameaçador e a tempestade tombou, inevitável, por sobre a cidade.
Por entre labirínticas ruínas de afectos, arrastou cadáveres de sonhos, ossadas de desejos, escolhos de vida.

No turbilhão, jazia, solitária, uma paixão azul de um sentimento.