27.7.07

PERIODU

Nas entrelinhas o “SMS” dava a entender que pretendia abrir o jogo.
Ele, interpretando-o assim, precaveu-se e chutou secamente!
Sentida, protestou: - “Estás a atirar-me para canto.”
Vamos apostar tudo, pensou ele: - “Jogar… hoje? Bjs…”
Nova mensagem: - “És um craque muito especial, mas… Bjs.”
Ele, não respondeu…


partindo do pressuposto que o “campo” estava encharcado por um habitual e breve “período” (sic).

20.7.07

SEMEN

Um corpo, teu...
por sobre um corpo, meu...
fundiram-se numa matéria só... nossa, e fizeram a apologia do desejo levando-o até à exaustão de um prazer que apetece sempre mais.

No final, brindaram com o sémen da vida jorrado no cálice da criação.

13.7.07

COPIA

A “Xerox”, ordenada para repetir 45 imagens, começou, de imediato, a executar a sua função.
Ele, na ausência do decote afrodisíaco, bronzeado, da Secretária, foi revendo em cada folha cuspida do ventre da máquina momentos de uma existência repetitiva, também ela excessivamente programada.
Um passado A5, curto... um presente A4, fugaz... um futuro A3, incerto!
Mergulhado em nostalgia, regressou à superfície desperto pelo alarme da máquina.

Coloque papel.

6.7.07

MULIERE

Passou por mim um “bouquet” de flores que levava pela mão uma flor!
Mas essa só flor, de tão morena, sobressaia por completo no conjunto de tantas e perfeitas cores.
Discreta, natural, bela, sensual.
Desconheço o seu nome, a sua origem, os seus hábitos... mas cativou-me.
De tão feminina vou chamar-lhe apenas e só flor.

(Ou então... mulher.)